Segundo a edição do Anuário Análise Advocacia 23/24, da Análise Editorial, o Pinheiro Neto Advogados —só para ficarmos com um exemplo bem conhecido— tem cerca de 16 mil processos em carteira, contando o consultivo e o contencioso. Informa também que tem 511 advogados. Matemática elementar, dá algo como 30 processos por advogado. No Mattos Filho, ainda segundo a pesquisa da Análise, essa relação fica em oito processos por advogado e no Machado Meyer Advogados, 56. No outro extremo, nos escritórios de contencioso de massa, essa relação chega a 1500 processos por advogado! É muito? É pouco? Existe um número ideal? Difícil dizer, até por que os escritórios atuam em áreas diferentes, com demandas diferentes e gestão diferente. Não é fácil estabelecer comparações. O que me parece certo é que a tecnologia abriu novos horizontes nessa área e vem permitindo uma uma taxa de produtividade com a qual não dava nem para sonhar. Lembro que dez anos atrás, uma revista de circulação nacional chamou, muito maldosamente, de “salsicharia do direito” um dos escritórios pioneiros no contencioso de massa aqui no Brasil. Naquela época, cada um de seus quase 800 advogados tinha “apenas” 400 processos sob sua responsabilidade. Tempos em que as grandes carteiras tinham 300 mil processos. Hoje, um único escritório tem 750 mil!
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