Há um dado interessante sobre a participação de homens e mulheres nos grandes escritórios de advocacia, que vem passando despercebido. Quando se olha para os sócios, 69% são homens e 31% são mulheres — um quadro estático. Dez anos atrás, a proporção era semelhante. Mas há um detalhe. Olhando para os associados, a situação se inverte: hoje, 57% são mulheres e 43% são homens. E aqui houve uma evolução. Pequena, mas houve: dez anos atrás, as mulheres eram 52% e os homens, 48%.
Considerando que os associados estão no primeiro lugar da fila para entrar no quadro de sócios, pela ordem natural é uma questão de tempo para as mulheres assumirem o comando. Quanto tempo será preciso, não arrisco dizer. Na minha opinião, o mercado ainda parece um pouco resistente para aceitar que o mundo mudou… O certo é que a pressão vai ser intensa. Aliás, já faz alguns anos que as mulheres são maioria entre os novos inscritos na OAB.