Entender quem são e como pensam os executivos jurídicos das grandes empresas é fundamental para escritórios de advocacia que desejam aprimorar suas estratégias de marketing jurídico. Um recente estudo realizado pela Análise Editorial em 2024, com cerca de 600 executivos jurídicos das 1.500 maiores empresas do Brasil, revela dados valiosos sobre esses profissionais que decidem quais escritórios contratar.
A Secco Attuy Marketing Jurídico analisou esses dados e traz um panorama detalhado sobre o perfil desses executivos, suas responsabilidades e como se relacionam com escritórios externos. Essas informações podem transformar a forma como seu escritório aborda potenciais clientes corporativos.
Experiência e estabilidade: o perfil do executivo jurídico brasileiro
Os executivos jurídicos das grandes empresas brasileiras apresentam um perfil de considerável experiência e estabilidade. Segundo a pesquisa da Análise Editorial (2024), esses profissionais têm, em média, 23 anos de formação e 12 anos de casa.
A combinação entre renovação e permanência é evidente quando observamos que 46% estão há mais de dez anos na empresa, enquanto 28% têm cinco anos ou menos. Isso sugere um mercado que valoriza tanto a experiência acumulada quanto a chegada de novos talentos com visões diferentes.
Dados sobre estabilidade e experiência
• 46% estão há mais de dez anos na empresa
• 28% têm 5 anos ou menos na empresa
• 60% têm mais de 20 anos de formados
• Apenas 2% têm 10 anos ou menos de formados
Esse cenário de experiência e maturidade profissional tem implicações diretas para o marketing jurídico. Estratégias que demonstrem compreensão das necessidades específicas desse público experiente, valorizando relacionamentos de longo prazo e conhecimento aprofundado do setor, tendem a ter maior eficácia.
Renovação no cargo e ampliação de responsabilidades
Um dado interessante revela que, apesar da longa permanência nas empresas, muitos executivos jurídicos foram promovidos recentemente. De acordo com a pesquisa da Análise Editorial (2024), 65% têm cinco anos ou menos no cargo atual, com uma média de cinco anos na posição.
Essa renovação coincide com a ampliação das responsabilidades desses profissionais, que cada vez mais assumem funções além do escopo jurídico tradicional. A pesquisa mostra que 38% deles atuam em proteção de dados e privacidade, 26% em ESG e sustentabilidade, e 25% em relações governamentais.
Áreas não jurídicas sob responsabilidade dos executivos
• 38% Proteção de dados e privacidade
• 26% ESG e sustentabilidade
• 25% Relações governamentais
• 9% RH
Outro ponto relevante é que 7% dos executivos jurídicos não são formados em Direito, tendo background em áreas como Ciências Sociais, Contábeis e Economia. Esse dado reforça a tendência de um perfil cada vez mais estratégico e menos técnico-jurídico.
Para o marketing jurídico, isso significa que as comunicações devem ir além dos aspectos puramente legais e abordar temas mais amplos de gestão e estratégia empresarial, demonstrando como o escritório pode ser um parceiro em múltiplas frentes.
O perfil demográfico: idade e equidade de gênero
Os executivos jurídicos das grandes empresas brasileiras têm, em média, 46 anos de idade, segundo a pesquisa da Análise Editorial (2024). A maioria (55%) está na faixa dos 40 aos 50 anos, enquanto apenas 4% têm menos de 35 anos, demonstrando que essa é uma posição alcançada com maturidade profissional.
Um dado interessante revela que 46% desses profissionais começaram a trabalhar antes dos 18 anos, o que sugere trajetórias construídas com esforço desde cedo e pode influenciar suas expectativas em relação à dedicação dos prestadores de serviços jurídicos.
No quesito gênero, a pesquisa mostra um avanço significativo na equidade: 46% dos executivos jurídicos são mulheres, contra 54% de homens. Esse percentual é consideravelmente superior ao encontrado entre sócios de escritórios de advocacia, onde apenas 31% são mulheres, segundo a mesma fonte.
Perfil demográfico
• 55% têm entre 40 e 50 anos
• 24% têm mais de 50 anos
• 46% são mulheres (vs. 31% entre sócios de escritórios)
• 46% começaram a trabalhar antes dos 18 anos
Para estratégias de marketing jurídico, esses dados apontam para a importância de comunicações inclusivas e que valorizem a diversidade, além de demonstrarem sensibilidade para profissionais que construíram suas carreiras de forma gradual e consistente.
Formação continuada: o compromisso com a atualização
O estudo da Análise Editorial (2024) revela que os executivos jurídicos mantêm um forte compromisso com a educação continuada. Cerca de 36% estão atualmente realizando algum curso, sendo que 28% fazem alguma especialização e 15% estão cursando MBA.
A FGV destaca-se como a instituição preferida para MBAs, com 33% dos executivos optando pelas unidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Quanto à formação inicial, as PUCs têm presença significativa, com 10% dos profissionais formados na PUC-São Paulo e outros 10% distribuídos entre as PUCs de Campinas, Rio de Janeiro, Minas e Rio Grande do Sul.
Um dado que chama atenção é que 76% desses executivos se formaram em faculdades privadas, percentual superior ao encontrado entre sócios de escritórios (65%), segundo a mesma pesquisa.
Dados sobre formação
• 36% estão fazendo algum curso atualmente
• 33% dos que fazem MBA escolhem a FGV
• 76% se formaram em faculdades privadas
• 20% são formados nas diversas PUCs do país
Para o marketing jurídico, esses dados indicam que conteúdos educativos e eventos de capacitação podem ser portas de entrada eficazes para relacionamentos com esses profissionais, que valorizam o conhecimento e a atualização constante.
Posicionamento estratégico e relacionamento com escritórios
A relevância estratégica dos executivos jurídicos dentro das empresas é confirmada pelo fato de que 54% deles reportam-se diretamente ao CEO, conforme a pesquisa da Análise Editorial (2024). Outros 23% se reportam à diretoria e 14% à vice-presidência, reforçando sua conexão com a alta gestão.
Subordinação hierárquica
• 54% reportam-se ao CEO
• 23% reportam-se à diretoria
• 14% reportam-se à vice-presidência
Esse posicionamento estratégico reflete-se na forma como os executivos jurídicos gerem suas demandas, optando por resolver internamente questões como contratos (64%), compliance (61%) e legal operations (55%), enquanto recorrem a escritórios externos para áreas altamente especializadas como penal (96%), tributário (93%) e arbitragem (90%).
Áreas que mais dependem de escritórios externos
• 96% penal
• 93% tributário
• 90% arbitragem, propriedade intelectual e contencioso
• 87% trabalhista
• 86% ambiental
Áreas que menos dependem de escritórios externos
• 64% contratos
• 61% compliance
• 55% legal operations
• 50% relações governamentais
Para estratégias eficazes de marketing jurídico, esses dados sugerem que escritórios devem focar sua comunicação nas áreas onde há maior demanda por serviços externos, destacando sua especialização e capacidade de agregar valor em questões complexas que exigem conhecimento específico.
É importante notar também que algumas empresas possuem departamentos jurídicos de grande porte. Segundo a pesquisa da Análise Editorial (2024), sete empresas brasileiras empregam mais de 200 advogados internamente, com a Caixa Econômica Federal liderando com 853 advogados, seguida pelo Banco do Brasil (832), Petrobras (509) e BNDES (350).
Estratégias de marketing jurídico baseadas no perfil do executivo
Com base nos dados da pesquisa da Análise Editorial (2024), escritórios de advocacia podem desenvolver estratégias de marketing jurídico mais eficazes, considerando:
1. Comunicação estratégica: Focar em mensagens que vão além do aspecto técnico-jurídico, abordando também o impacto nos negócios e na estratégia da empresa.
2. Especialização com propósito: Destacar expertise em áreas onde há maior demanda por escritórios externos, demonstrando resultados concretos.
3. Educação continuada: Oferecer conteúdos relevantes e oportunidades de aprendizado que agreguem valor à formação continuada desses profissionais.
4. Relacionamento de longo prazo: Considerando a estabilidade desses executivos nas empresas, investir em relacionamentos duradouros que vão além de demandas pontuais.
5. Diversidade e inclusão: Refletir em suas equipes a crescente diversidade encontrada nos departamentos jurídicos corporativos.
O marketing jurídico eficaz precisa estar alinhado às necessidades específicas desse público qualificado e estratégico. Conhecer seu perfil, compreender suas responsabilidades e entender como tomam decisões é fundamental para escritórios que desejam se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.
Conclusão: o que seu escritório pode aprender com esses dados
Conhecer profundamente o perfil dos executivos jurídicos é essencial para escritórios que desejam aprimorar seu marketing jurídico e fortalecer seu posicionamento no mercado. Os dados da pesquisa da Análise Editorial (2024) mostram que esses profissionais são experientes, ocupam posições estratégicas nas empresas e têm responsabilidades que vão além do aspecto puramente jurídico.
Para se destacar nesse cenário, escritórios precisam oferecer mais que expertise técnica – é necessário demonstrar compreensão do negócio, capacidade de agregar valor estratégico e disposição para construir relacionamentos de longo prazo baseados em confiança e resultados concretos.
A Secco Attuy Marketing Jurídico pode ajudar seu escritório a desenvolver estratégias personalizadas para se comunicar efetivamente com esse público qualificado, melhorando seu posicionamento no mercado e construindo relacionamentos mais sólidos com clientes corporativos.
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